Certificação da OIE é fruto do comprometimento dos fiscais estaduais agropecuários

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Após 20 anos de trabalho do Serviço Oficial de Defesa Agropecuária, o Rio Grande do Sul recebeu nesta quinta-feira (27/5) o certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Viabilizado pelo empenho e comprometimento dos servidores da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), o avanço do status sanitário permitirá a abertura de novos mercados para carne bovina, aves e suínos. Também possibilitará a ampliação de exportações para países como China e Estados Unidos, o incremento da produção de grãos e a expansão de indústrias, entre outras possibilidades de negócios e investimentos para o setor produtivo gaúcho.

Após esta conquista, é imprescindível a estruturação e a devida valorização da atividade de fiscalização agropecuária. “Há décadas os fiscais estaduais agropecuários e demais categorias da Secretaria da Agricultura estão comprometidos com essa evolução, trabalhando, inclusive, finais de semana e feriados, desempenhando atividades essenciais que não podem parar. Para reforçar a vigilância e manter a qualidade do serviço de defesa agropecuária, é urgente a realização do concurso público”, afirma o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do RS (Afagro), Pablo Fagundes Ataide, lembrando que o último certame ocorreu há oito anos.

O dirigente pontua que a ampliação da frota de veículos é importante para viabilizar as saídas a campo, mas ressalta que é fundamental a contratação de técnicos. “São os servidores que fazem a vigilância ativa nas propriedades rurais, orientando os criadores e fiscalizando o transporte de animais que são encaminhados para o abate dentro do Estado”, explica o presidente da Afagro. Nos últimos anos, em função de aposentadorias e aprovação em outros concursos, os profissionais estão abandonando a função. “A redução do número de colegas é constante e agora, com a certificação da OIE, a demanda de trabalho tende a aumentar”, comenta Ataide.

O fiscal estadual agropecuário enfatiza as melhorias que ocorreram nos últimos anos para que a certificação fosse alcançada. A mais recente foi a criação do Programa Sentinela, com foco na vigilância sanitária animal nas regiões de fronteira. “Esse é um trabalho essencialmente desenvolvido por servidores da Secretaria da Agricultura”, acrescenta. Entre os avanços anteriores, Ataide cita: o aperfeiçoamento no controle dos rebanhos, a implantação do Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) – software que informatizou os processos na última década, as atividades de mitigação de riscos para ampliação da vigilância ativa, a compra de veículos adequados e o concurso realizado em 2013.

Foto: Divulgação/Afagro

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