Greve dos servidores da fiscalização agropecuária continua até a retirada do pacote

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Em assembleia unificada de diversas categorias, realizada nesta terça-feira (10/12), na Praça da Matriz, em Porto Alegre, milhares de servidores decidiram que a greve continua até que o governo do Estado retire o pacote com sete projetos que tramitam na Assembleia Legislativa em regime de urgência e altera as regras para o funcionalismo. Mais de cem fiscais estaduais agropecuários, da Capital e do Interior, participaram do ato.

Nesta terça-feira (10/12), a greve entra na terceira semana. “Nós estamos aqui lutando pelo mínimo de dignidade, dignidade com as famílias dos servidores públicos. Nós não estamos aqui porque a gente gosta de fazer greve. É porque a greve é inevitável na situação que estamos passando. E a nossa greve é legítima”, disse o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro), Pablo Fagundes Ataide, referindo-se ao atraso e parcelamento de 48 meses dos salários e à falta de reposição salarial há cinco anos.

Com mais de 90% dos servidores da Secretaria da Agricultura em greve, já há indícios da redução do abastecimento de carne no Estado. Em novembro deste ano, considerando apenas os quatro primeiros dias de greve, já foi possível perceber redução de 15 mil cabeças nos abates dos frigoríficos de bovinos do Rio Grande do Sul, na comparação com o mês de outubro. Os fiscais estaduais agropecuários seguirão mobilizados.

Sobre a greve: Desde terça-feira(26/11) os fiscais estaduais agropecuários estão em greve juntamente com outras categorias ligadas à Secretaria da Agricultura, entre elas os técnicos agrícolas e os analistas agropecuários e florestais, representadas pela Agefa e Assagra, além dos servidores da área administrativa e os da antiga Caixa Estadual. Também fazem parte da greve unificada servidores de outras áreas,como Saúde, Cultura e Planejamento, entre outras categorias ligadas ao Sintergs, Sindsepe e Sindicaixa. O atraso e o parcelamento dos salários há 48 meses e a falta de reposição salarial há 5 anos motivam a greve, além do pacote do governo do Estado que retira direitos e reduz indiretamente a remuneração dos servidores públicos que se juntaram ao Cpers para formar a Frente dos Servidores Públicos (FSP).

Foto e texto: Bruna Karpinski

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