Pelo menos 23 fiscais estaduais agropecuários, entre médicos veterinários e engenheiros agrônomos, foram aprovados para o cargo de auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura (Mapa). O número representa 13% do total de 171 vagas. As nomeações dos aprovados no Concurso Nacional Unificado (CNU) devem ocorrer ainda em 2025, situação que volta a causar apreensão entre os servidores da fiscalização agropecuária do Rio Grande do Sul.
Das 55 vagas para profissionais com formação em medicina veterinária, 13 ou 23,6% devem ser ocupadas por servidores que exercem a função de fiscal estadual agropecuário na Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do RS. No caso das 116 vagas para engenheiros agrônomos, pelo menos 10 ou 8,6% devem ser ocupadas por fiscais estaduais agropecuários da Seapi. Os dados são de levantamento preliminar realizado pela Associação dos Fiscais Agropecuários do RS (Afagro).
No ano passado, a Afagro já havia alertado sobre esta projeção que agora se confirma, gerando um verdadeiro desfalque na estrutura da defesa agropecuária do Estado. “O CNU valorizou uma década de trabalho. Cada um está levando consigo, em média, uma década de formação e de investimento”, ressalta o fiscal estadual agropecuário Felipe Lopes Campos, membro do conselho da Afagro, lembrando que parte da pontuação considerava o tempo de serviço.
Outro ponto a ser destacado é a capilaridade dos profissionais que estão prestes a deixar a função no Estado. Isto porque, entre os aprovados, há colegas de Porto Alegre, que atuam na sede Central, na gestão de programas sanitários, e também do Interior.
Foto: Arquivo/Afagro