Afagro cria comissão para dialogar com entidades sobre a retirada da vacina

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Em assembleia geral ordinária realizada na noite desta quarta-feira (12/3), em Porto Alegre, os servidores que fazem parte da Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro) criaram uma comissão técnica para dialogar com as entidades representativas do setor sobre a precarização do serviço oficial. A decisão foi tomada em função das perdas que o serviço oficial vem sofrendo neste momento de retirada da vacina contra a febre aftosa para evolução do status sanitário. Devido à falta de valorização da atividade, muitos estão deixando a função. Mais de 30 fiscais estaduais agropecuários participaram da assembleia, que ocorreu no auditório do Sintergs. Na ocasião, também foi aprovada a prestação de contas referente a 2019.

As condições de trabalho no Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura se agravam a cada dia, inclusive após a auditoria do Ministério da Agricultura realizada em setembro para a retirada da vacina contra febre aftosa. Além da aposentadoria de servidores, muitos assumiram cargos de concursos na Secretaria da Agricultura de SC e PR. O mais recente episódio que desmotiva é o corte do salário de março, sem uma explicação do governo do Estado, possivelmente em relação aos dias da greve realizada em novembro e dezembro de 2019 devido aos sucessivos atrasos e parcelamentos dos salários. A situação vem ocorrendo há mais de cinco anos, somada à falta de reposição salarial neste mesmo período.

“Os servidores da Secretaria da Agricultura trabalharam anos para esta evolução, mas o governo do Estado não parece estar preocupado com a manutenção dos avanços conquistados”, avalia o presidente da Afagro, Pablo Fagundes Ataide. Há mais de duas semanas, a categoria tenta dialogar com o secretário da Agricultura, Covatti Filho, mas até o momento ainda não obteve um retorno referente aos descontos. O objetivo da comissão é expor as condições do serviço oficial e manifestar a preocupação com o cumprimento do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), que prevê a sustentabilidade do processo e isto inclui a valorização dos servidores.

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