Profissionais buscam oportunidade em outras instituições

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O cenário de precarização do funcionalismo estadual tem levado profissionais a buscarem oportunidades melhores em outras instituições, como Ministério da Agricultura (Mapa), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Federal (PF). É o caso do engenheiro agrônomo catarinense que foi fiscal estadual agropecuário por cinco anos e meio e prefere não se identificar por conta de sua função atual.

O profissional atuou na inspetoria de defesa agropecuária de Torres de abril de 2014 a novembro de 2019, período que coincidiu com o início do atraso e congelamento dos salários. “Acho que recebi uns dois salários integrais e já começou o parcelamento. Foi virando uma bola de neve, sem perspectiva de melhora. Então, resolvi voltar a estudar para outro concurso que tivesse uma carreira mais estruturada”, recorda.

No final de 2019, o engenheiro agrônomo deixou o Estado para assumir o cargo de Agente de Polícia Federal. Entre os motivos, cita a questão salarial. “Em quase seis anos no cargo, não tive nenhum aumento, correção de inflação ou promoção”, pontua. Agora, em menos de quatro anos, o engenheiro agrônomo já teve uma promoção na carreira. “Com os benefícios do cargo, dobrou meu salário”, relata o servidor federal, que atualmente está lotado em Santa Catarina.

Uma das dificuldades eram as diárias. Além de não cobrirem os gastos das viagens, eram pagas com muito atraso. “Por vezes, fazíamos alguma viagem e só recebíamos a diária depois de uns três ou quatro meses. Era complicado, salário atrasado e o servidor ainda tinha que gastar com viagens de trabalho que só ia ser ressarcido depois de meses”, lamenta o profissional. Entre as razões para deixar o cargo de fiscal, também cita a falta de incentivo e de estrutura da carreira de fiscal estadual agropecuário.

Foto: Arquivo pessoal

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