Falta de perspectiva afugenta servidores

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A falta de perspectiva é um dos fatores que tem levado profissionais a abandonarem a função de fiscal estadual agropecuário no Rio Grande do Sul. A ausência de um plano de carreira somada à defasagem salarial tem sido um desestímulo. Foi assim para o engenheiro agrônomo Anderson Mello, de Itaqui. Aprovado em terceiro lugar no concurso realizado em 2022 para a vaga de fiscal estadual agropecuário, permaneceu apenas cinco meses no cargo. Primeiro em Santiago e depois em Itaqui.

Apesar da proximidade da família, decidiu deixar a função e assumir vaga de engenheiro agrônomo na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). “Gostei muito da atividade, mas não se tem uma retribuição à altura. Se o salário fosse equivalente à dedicação e à responsabilidade exigida pela função, eu teria ficado”, comenta Mello, que atuou como fiscal estadual agropecuário de agosto a dezembro de 2022. Em janeiro deste ano, mudou-se para Pelotas, a 700 quilômetros de distância.

A notícia sobre a chegada do primeiro filho também pesou na decisão. Na UFPel, Mello auxilia na elaboração de aulas práticas, na condução e avaliação de experimentos e na organização de eventos, entre outras atividades. “O salário base é maior e aumenta a cada dois anos”, relata o agrônomo sobre a importância do plano de carreira. Em maio deste ano, o servidor já teve reposição de 9%.

Foto: Arquivo pessoal

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